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sábado, 14 de agosto de 2010

VÔO


Subo nas asas do tempo
e vôo para onde eu quero.
Já não importa quando,
já não importa quem.
Vejo o passado e o futuro
se abrirem diante de mim.
Será fato? Será bruma?
Isto já não importa
porque tudo tem o mesmo valor:
a almejada promoção,
ou talvez a auto-punição.
Pequenas coisas me incomodam:
não entendo por que e
não percebo por quem.
Tudo continua passando.
Minha própria vida discorre
numa tela diante de mim.
Até minhas fábulas me espantam.
Deito no divã...
Falo durante uma hora.
Esvazio um pouco.
Saio mais leve.
Carregar este peso do mundo,
não sei de quê me serve.
Vôo, mas continuo no mesmo lugar.
Na verdade, não saio de mim.
Sou protagonista de minhas histórias:
cada fato, cada detalhe, cada ocorrido,
mora dentro de mim.

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