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quarta-feira, 22 de junho de 2011

O otimista


Saiu ao quintal, viu um monte de merda e achou que tivesse ganhado um cavalinho. Esperou, mas o cavalinho não chegava e a merda fedia. Então, resolveu enterrá-la no jardim. Aproveitou e espalhou sementes. Do cavalo nem sombra, mas seis meses depois o quintal estava florido e perfumado. Nem se preocupou em descobrir como a merda tinha parado ali. O que importava agora eram as flores que podia colher e vender no mercado. Conseguiu um bom dinheiro. O cavalinho? Nunca apareceu. Mas a ilusão de que algo bom aconteceria se concretizou. Não porque de fato fosse um cavalo no quintal. Nem porque a merda fosse algo bom, mas porque soube transformá-la em algo útil e tirar da vida seu melhor.

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