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sábado, 28 de agosto de 2010

Morte amiga





A morte é amiga se a vida é lamento,
ver a dor de quem se ama é o maior tormento.
Dia-a-dia vêm as dores a todo momento
O tique e taque do relógio é sem lenimento.

Ora geme, ora chora, é seu curtimento.
Nunca chega a certa hora deste fim sedento.
Só lhe resta ir embora, sem envolvimento.

Fecha os olhos, rememora seus cumprimentos.
Nada há dentro, a vida é fora, sem cabimento

A morte o leva, é agora o seu pagamento.

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