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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Non sense

(R I)(DA ÀS) MALVAS

De vigília, no ocaso, ao ouvir o canto de cisnes em agonia, notei sua vítrea palidez gélida e hirta, àquela hora derradeira, quando lhe fugiram seus últimos lampejos, dando fios à teia. Assim foi seu derradeiro alento, rendendo-se o espírito, alando-se para a mansão celeste, pois fora descansar no regaço do senhor e ser riscado do livro dos viventes.
Soou sua última hora e ele se foi como um passarinho. Tomou seu passaporte para o céu, com a candeia na mão. O cortejo cipreste desejava que a terra lhe fosse leve, enquanto lhe encaixotavam e os sinos do campanário dobravam.

Passou o trânsito e foi dada a sentença do seu passamento. Ao terminarem seus dias, as Parcas o conduziram ao último sono rumo à morada eterna.

Fim.

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