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domingo, 14 de novembro de 2010

Dons



Dias de sol
Canto dos pássaros
A música do silêncio
A brisa nas folhas das árvores
Está na hora de levantar
Deus dá o sinal
A sirene do café me chama
Levanto da cama
Abro as janelas
Respiro fundo
Encaro o mundo
A vida corre em minhas veias
O trabalho tece suas teias
Tudo é um grande tabuleiro
Conheço as regras
Uso minhas peças
Não sigo o fluxo
Desliso no veio
A tarefa passa pelo meio
Olho o fundo
Não caminho errante
Sigo adiante
Dos sentimentos me coloco distante
Espalho meus dons como sementes
Vão brotar? Vão estagnar?
Vão crescer? Vão desaparecer?
Só não domino as consequências
Parecem demências
Mas são pertinências
Não me importo com o futuro
Pois abro buracos
No meio dos muros
Conheço meus dons.

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