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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Por que escrevo?


Não sinto o que escrevo,
Desejo que faça sentir.
Não choro, não me emociono,
Escrevo o que já vivi.

Escrevo por que as palavras
Esvaziam os sentimentos
E trazem à tona
As tramas de batalhas
Que uma vez teci.

Escrevo por que me sinto forte
Mais leve, mais livre, mais solta
Potente, enquanto escrevo.

Liberto-me das amarras,
Das dores, das desventuras.
Exorcizo o sofrimento
E me lanço às alturas.

Escrevo porque quando escrevo
Não sou a mesma pessoa,
Não sou frágil, não sou fraca,
Não desejo, nem lamento.

Escrevo porque quando escrevo
As palavras das prateleiras
Carregam lenitivo
Para as feridas alheias.

Escrevo porque quando escrevo
Amenizo e espalho a cura
Não para a doença do corpo
Mas para a perdição da alma.

Escrevo porque quando escrevo
Lembro e agradeço
Agradeço às lições de vida
Que de outra forma esqueço.

Por isso sinceramente
Não sinto o que escrevo
Confesso que são as palavras
que se sentem em mim.

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